Pode-se dizer que a leitura é um hobby que embeleza a vida de milhões de cidadãos mundiais, seja um livro acadêmico ou mesmo um gibi, é sempre bem vinda a atitude de decifrar letras, códigos, cores e construir dentro de si um emaranhado de histórias, de sonhos.
Foi exatamente a leitura que abriu o horizonte de descobertas dentro de mim, mas de uma maneira peculiar… é sabido que ler para mim é um prazer, algo gostoso, iiiissso mesmo, gostoso. Mas ultimamente andava lendo um certo livro em espanhol, peguei um livro “dele”, sim… pois considero um livro de leitura simples, bom para desenvolver uma leitura fluida, contando claro, com o aprendizado de um segundo idioma.
O que não percebia nessa teia de intenções, era que o prazer pela leitura começava a ficar em segundo plano… e isso se tornou então uma grande metáfora para a vida em si, em que é tão difícil sentir o prazer, vivenciar o prazer, já que acabamos encontrando subterfúgios para fazê-lo de maneira obrigatória
Aí você me pergunta: E o que a tal da Melancia tem haver com isso?
Melancia, não a fruta, o livro… foi um best seller lançado por Marian Keyes que alcançou uma vendagem volumosa, mas que não é assim aquele livro que a crítica enalteceria. Antes de ter essa clareza de idéias, eu diria que é mais um livro caça níqueis – sem qualidade. Hoje, eu percebo que é um livro que provocou o prazer da leitura em muitas pessoas.
Sob esse novo prisma, o livro em espanhol cai por terra frente a uma simples Melancia, o que fica é o aprendizado que não se deve transformar os hobbies, nem os prazeres em obrigação. Assim como os livros, nem a crítica, nem os críticos devem criar a regra do que é o prazer para todos, somente aquilo que descola nossos pés da terra será prazer e cada cidadão desse mundo deverá encontrar os seus e
mais do que isso, lutar para preservá-los.